Agosto Azul e Vermelho alerta para a importância da saúde vascular
A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) lança, neste mês de agosto, a campanha Azul e Vermelho, que busca conscientizar a população brasileira sobre a importância dos cuidados preventivos com a saúde vascular. O mês foi escolhido por também ser comemorado o Dia do Cirurgião Vascular, no dia 15 de agosto.
As doenças vasculares de forma geral incluem Trombose Venosa Profunda (TVP), Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), Linfedema, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Doença Carotídea, Pé Diabético, Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) e, claro, Varizes. São doenças que necessitam de monitoramento constante para que não evoluam para um problema que leve ao afastamento definitivo do trabalho, perda de membro ou à morte, e serão abordadas durante o mês.
:: Cepon amplia em 25% o número de consultas de câncer no primeiro semestre
As recomendações mais importantes são: sair do sedentarismo; parar de fumar; melhorar a alimentação; fazer ginástica e fortalecer a panturrilha; usar meias elásticas; e manter um peso equilibrado. E, sempre que possível, passar pela avaliação de um especialista vascular.
“O Agosto Azul e Vermelho é uma excelente oportunidade de falarmos sobre saúde vascular, fornecer informações de qualidade para as pessoas conhecerem melhor os problemas circulatórios. Não deixe ‘você’ para depois. Vamos fazer o Agosto Azul e Vermelho um marco de ação pela sua saúde vascular”, diz o presidente da SBACV, Bruno Naves.Campanha lançada pela SBACV Nacional – Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
:: Mutirão da Saúde ultrapassa a marca de 73 mil cirurgias realizadas em 2023
Números nacionais
Mais de 529 mil brasileiras foram internadas para tratamento de varizes entre 2013 e 2022. O cálculo aponta que a cada hora, em média, seis mulheres são submetidas a cirurgias para tratamento do problema pela rede pública de saúde. Os números foram levantados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Para a entidade, esses dados sinalizam que muitos casos represados durante a pandemia podem ainda não ter sido tratados.
O levantamento dos dados, elaborado a partir de informações disponíveis na base de dados do Ministério da Saúde, mostrou que as varizes são amplamente mais comuns em mulheres. Na série histórica analisada (2013 a 2022), 76% dos 695 mil casos registrados foram em pessoas do sexo feminino.
A doença
As varizes são veias dilatadas, tortuosas e alongadas nos membros inferiores. Devido às alterações, as veias se tornam visíveis e deixam de conduzir o sangue de forma adequada, causando dores, desconforto e sensação de cansaço nas pernas. A doença é causada, sobretudo, por questões hereditárias, mas o tratamento adequado pode reduzir os sintomas e evitar a progressão do problema para doenças mais complexas, como as úlceras de estase.
As varizes podem causar, além de sintomas como dor, sensação de peso, cansaço e queimação nas pernas, inchaço, sangramento, escurecimento da pele, flebites (que são tromboses venosas superficiais) e até mesmo elevar os riscos de desenvolver úlceras (feridas) em casos mais avançados. Mesmo que tenha a genética como o principal fator de risco, o aparecimento do problema pode estar associado também a outros fatores de risco como a obesidade, o sedentarismo, uso de medicações hormonais, atividade laboral, gestações e ao avanço da idade.
Embora seja um problema que não tem a idade como principal fator de risco, mulheres acima dos 40 anos estão 78% mais suscetíveis ao aparecimento de varizes. O levantamento revelou que pacientes com idades entre 50 e 59 anos concentram 28% dos casos, já mulheres com idades entre 40 e 49 anos são responsáveis por outros 27% dos registros.